Egito

Egito e seus detalhes

Papiros antigos revelam detalhes sobre a construção da Grande Pirâmide do Egito



Itens datados da quarta dinastia do Rei Khufu (Quéops), exibidos esta semana no Museu Egípcio do Cairo, revelam detalhes da vida cotidiana dos trabalhadores portuários que transportaram os enormes blocos de pedra calcária até o Cairo, para a construção da pirâmide de Quéops.

Além disso, também mostram como eram feitas as distribuições de alimentos para esses funcionários e outros detalhes, como o número de ovelhas que eram trazidas à cidade. A descoberta dos objetos foi feita em 2013, pelo pesquisador Sayed Mahfouz e sua equipe.


As peças em questão, que remontam 4.500 anos de existência, revelam entre elas um dos papiros mais antigos do Egito, onde constam as informações sobre o cotidiano dos trabalhadores durante o evento de construção da pirâmide de Quéops.

Segundo o chefe do museu, Tarek Tawfiq, um dos documentos trata-se de uma espécie de ‘diário’ escrito por um funcionário sênior do governo, nomeado como Marr, que contém estatísticas e detalhes administrativos, incluindo transporte de pedras através do Rio Nilo e seus canais.
Em outros papiros são fornecidos detalhes sobre a distribuição de porções de alimentos para os trabalhadores, incluindo uma exibição em hieróglifos egípcios que contam o número de ovelhas trazidas. Os documentos também trazem informações financeiras sobre receitas e despesas (escritas em vermelho), bem como o pagamento oferecido aos construtores das pirâmides, escritas em preto.



Segundo Mahfuz, os papiros “indicam a existência de um sistema administrativo altamente eficiente durante o reinado de Khufu”. A descoberta também sinalizaria que o Egito tem um grande número de tesouro antigos que ainda precisam ser descobertos.

de Merelyn Cerqueira

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A fantástica ciência do Antigo Egito
Karen Gimenez


A herança deixada pelos faraós à humanidade vai muito além de
pirâmides e sarcófagos dourados. Eles também nos legaram invenções
sofisticadas e costumes curiosos que atravessaram os séculos e
continuam vivos. Conheça todas as contribuições do povo do Nilo e
descubra por que eles foram tão criativos, avançados e misteriosos





Na sala, pai e filho estão entretidos com jogos de tabuleiro e bebem
cerveja em um final de tarde de domingo. A perna engessada de um
deles não permitiu que fossem a uma cervejaria. No quintal, as
crianças se divertem brincando de amarelinha e entre os cães de
estimação que correm derredor. Em um dos quartos, duas adolescentes
experimentam novos cosméticos e cremes hidratantes, enquanto
conversam sobre métodos contraceptivos e o teste de gravidez que a
mais velha fará no dia seguinte. No quarto principal, uma mulher
divide seus pensamentos entre a contabilidade de sua padaria e o
divórcio prestes a se concretizar. Para amenizar a dor de cabeça, ela
toma um remédio à base de ácido acetilsalicílico, o princípio ativo
da aspirina.





Se alguém perguntasse onde e quando essa cena aconteceu, a resposta
poderia muito bem ser o Brasil ou os Estados Unidos há muito pouco
tempo. Mas, por mais incrível que possa parecer, se alguém
respondesse que a situação deu-se no Egito no tempo dos faraós,
estaria absolutamente certo. A chance de momentos como esses terem
ocorrido durante o reinado de Tutancâmon ou Ramsés é praticamente tão
grande quando no Ocidente do século 20.

Escondidos sob a mística de pirâmides e maldições de múmias, os
avanços científicos e culturais dos povos do Antigo Egito costumam
surpreender mesmo a quem se considera iniciado no assunto. Diversas
descobertas atribuídas a europeus pós-Renascimento fizeram parte do
cotidiano daqueles que viveram às margens do Nilo muitos séculos
antes de Cristo. O histórico dessa lacuna científica é complexo,
rende livros e mais livros. Mas o fato é que muitas coisas que se
acredita serem méritos de um passado recente na verdade são muito,
mas muito mais antigas que as nossas tataravós.








Da aspirina ao teste de gravidez

Uma das revelações mais impressionantes ao estudar a herança do
Antigo Egito é seu desenvolvimento em medicina e farmacologia. Em O
Legado do Antigo Egito, o egiptólogo Warren R. Dawson, da
Universidade de Oxford, na Inglaterra, cita papiros médicos datados
de até mais de 40 séculos atrás retratando procedimentos médicos e
remédios usados até hoje por profissionais da área de saúde.
Substâncias como óleo de rícino, ácido acetilsalicílico, própolis
para cicatrização e anestésicos já eram conhecidas. Os documentos
descrevem cirurgias delicadas, o engessamento de membros com ossos
quebrados e todo o sistema circulatório do corpo humano.






Antonio Brancaglion, historiador do Museu Nacional do Rio de Janeiro
e membro da Associação Internacional dos Egiptólogos, conta que o
desenvolvimento da medicina foi motivado, principalmente, pela quebra
de um mito em relação à violação do corpo humano. "Outras povos da
época, como sumérios e assírios, acreditavam que, se o corpo fosse
aberto, a alma escaparia. É claro que isso sempre foi um impedimento
para experimentos médicos", diz Antonio. Entre os egípcios, no
entanto, deu-se justamente o oposto.

A religião dos faraós deu uma senhora ajuda às descobertas
médicas. "Eles acreditavam que para alcançar vida eterna a alma de
seus mortos precisava de um corpo. Por isso, desenvolveram o que
chamamos genericamente de mumificação", afirma. A mumificação, na
verdade, é um conjunto de procedimentos químicos e físicos que visava
a preservação dos corpos (veja infográfico nas páginas 48 e 49).
Esses processos exigiam a retirada cirúrgica de alguns órgãos
internos, que eram separados uns dos outros. Em alguns casos, eles
eram tratados e recolocados no lugar. Com isso, os egípcios passaram
a conhecer o interior do corpo humano de uma forma inédita até então.
Localizaram cada órgão e estudaram a relação entre eles. Embora
estivessem errados em algumas de suas conclusões – eles acreditavam
que o coração comandava nossos pensamentos – eles descobriram várias
coisas que podiam ser aplicadas aos vivos.





Um dos melhores exemplos disso é o conhecimento sobre o sistema
circulatório. O corpo de Ramsés II (1279 a 1212 a.C.) teve suas veias
e artérias retiradas, mumificadas e recolocadas. O hábito de tomar o
pulso do paciente como forma de avaliar sua saúde é descrito no
papiro Ebers, datado de 1550 a.C. "O batimento cardíaco deve ser
medido no pulso ou na garganta", dizia o antigo documento, certamente
um dos primeiros livros de medicina do mundo. Essa é outra inovação
egípcia. Eles anotavam tudo nos chamados papiros médicos (alguns
desses documentos serão citados no decorrer desta reportagem).
Segundo Dawson, o conhecimento médico até então considerado era
sagrado e geralmente transmitido por tradições orais. Os registros
eram raríssimos. No Egito, a intensa documentação sobre os
procedimentos médicos permitiu que esse conhecimento fosse passado
com maior exatidão – embora não menos sagrado.

O conhecimento da circulação sanguínea é responsável por um costume
que persiste até hoje: o uso da aliança de casamento. Para os
egípcios, do coração partiam veias que o ligavam diretamente a cada
um dos membros. Na mão esquerda, essa veia terminava no dedo anular.
Acreditando que o coração era o centro de tudo e que ele está
ligeiramente deslocado para o lado esquerdo do peito, os casais
passaram a colocar uma fita no dedo anular esquerdo como forma de
prender o coração do amado. Com o passar do tempo, essa fita foi
substituída por um aro de metal que, dependendo das posses do casal,
poderia ser o ouro. Bonito, não?




A mumificacão mudou muito nos mais de 3 mil anos em que foi
praticada. Com ela, evoluiu também o conhecimento que tinham do
cérebro. As primeiras descrições do processo indicam que o cérebro
era retirado pelo nariz e jogado fora junto com o conteúdo dos
intestinos dos mortos. Mas, com o tempo, os egípcios passaram a
relacionar o funcionamento do órgão com a coordenação motora. Há
descrições completas de procedimentos cirúrgicos intracranianos nos
papiros do século 15 a.C. No entanto, só recentemente, em 2001,
especialistas da Universidade de Chicago, Estados Unidos, que
realizaram tomografias em ossadas encontradas em Saqqara, um dos
sítios arqueológicos mais importantes do Egito, conseguiram
demonstrar casos em que os crânios abertos cirurgicamente
apresentavam indícios de cicatrização, o que leva a crer que o
paciente sobreviveu à operação. E melhor: ele não deve nem ter
sentido muita dor.





O uso de anestésicos era prática comum dos médicos da época. O
professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) Mário
Curtis Giordani cita em seu livro História da Antiguidade Oriental um
processo de adormecimento de partes do corpo feito com a utilização
de uma mistura de pó de mármore e vinagre. Antonio Brancaglion
destaca os anestésicos à base de opiáceos que eram ingeridos. Esses
antecessores da morfina só voltaram a fazer parte dos procedimentos
cirúrgicos cerca de três séculos atrás, na Europa. Os egípcios
dominavam métodos avançados para amputação de membros e cauterização
e davam pontos para fechar incisões. Acredita-se que foram os
primeiros a utilizar essa técnica. Os médicos eram especializados
como nos dias de hoje. Quem cuidava de fraturas não mexia com
problemas de pele. A especialização incluiu o aparecimento dos
odontólogos. Os dentistas já usavam brocas, drenavam abscessos e
faziam próteses de ouro.





E, para quem pensa que a medicina egípcia era coisa para poucos, aí
vai uma nova: os trabalhadores braçais – os mesmos que empurraram
pedras monumentais para construir as pirâmides – possuíam uma espécie
de plano de saúde. Escavações na Cidade dos Trabalhadores – um
conjunto de casas encontrado na planície de Gizé, à sombra da grande
pirâmide – revelaram múmias com até 4 500 anos que receberam
tratamento médico. "Eram pessoas comuns que se curaram e voltaram ao
trabalho", afirma Zahi Hawass, diretor do Conselho Supremo de
Antiguidades do Egito. "Alguns corpos apresentavam marcas de fraturas
consolidadas, membros amputados e até cirurgias cerebrais."

Outro avanço da medicina egípcia foram os métodos contraceptivos. A
egiptóloga Margaret Marchiori Bakos, da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, diz que a maioria deles consistia na
aplicação de emplastros espermicidas na vagina. O papiro Ebers relata
que "para permitir à mulher cessar de conceber por um, dois ou três
anos: partes iguais de acácia, caroba e tâmaras; moer junto com um
henu de mel, um emplastro é molhado nele e colocado em sua carne."
Um "henu" equivale a cerca de 450 mililitros. "A acácia continha goma
arábica, que com a fermentação e a dissolução em água resulta em
ácido lático, ainda hoje utilizado em algumas geléias contraceptivas.
O mel, que também aparece no papiro Kahun, pode ter tido alguma
eficácia. "Seu efeito tende a diminuir a mobilidade do
espermatozóide", diz Margaret.





Quando havia suspeita de gravidez eram feitos testes com a urina. "A
mulher urinava em um recipiente em que havia uma variedade de cevada.
Se ela germinasse, a gravidez estava confirmada", diz Antonio
Brancaglion. Para o especialista, independentemente do percentual de
acertos, o mais notável é o conhecimento da relação entre a
composição da urina e a gravidez.



Circunavegação da África e controle de cheias

A medicina não foi a única ciência em que os egípcios se
desenvolveram. Eles foram engenheiros notáveis em química, construção
civil, naval e hidráulica. "Nem sempre é possível afirmar que tenham
sido precursores nesta ou naquela descoberta", afirma Antonio, "pois
a pesquisa nunca termina. Baseando-se no que se encontrou até hoje,
dá para concluir que eles foram os primeiros em diversas tecnologias."

Na navegação, há fortes indícios de que alguns dos louros atribuídos
aos fenícios precisam ser divididos com os egípcios. A vela mais
antiga de que se tem notícia, por exemplo, é egípcia e foi encontrada
dobrada dentro de uma múmia em Tebas, de cerca de 1000 a.C. Os mais
antigos modelos de barcos a vela dos fenícios de Tiro e Cartago datam
do século 8 a.C. Os egípcios foram os primeiros a projetar barcos
pensando previamente no destino que eles teriam. Modelos militares
eram diferentes dos cargueiros, que por sua vez não se pareciam com
os utilizados para lazer ou cerimônias religiosas. Eles criaram os
melhores barcos militares e a frota mais veloz. A chamada nau de
Quéops, com 47 metros de comprimento e datada da Quarta Dinastia
(2589 a 2566 a.C.), é a mais antiga embarcação desse porte encontrada
até hoje. Num barco ainda maior, durante o governo do Necho II (610 a
595 a.C.), eles já haviam realizado a circunavegação da África.

Quem acredita que o primeiro navegador a dobrar o cabo das Tormentas,
no sul da África, foi o português Bartolomeu Dias, em 1488, precisa
rever seus conceitos.

Os armadores egípcios conheciam as propriedades de expansão da
madeira, rigidez e durabilidade. Tais conhecimentos eram vitais na
construção de embarcações capazes de sustentar blocos de pedras com
mais de 80 toneladas. "O grande mistério da engenharia naval do
Antigo Egito não é como os barcos agüentavam tanto peso, mas de que
forma as pedras eram colocadas neles. Há diversas suposições, que vão
da construção de diques secos até afundamento dos barcos para
posterior emersão, no caso de cargas menores", diz Antonio
Brancaglion. Até agora não foram encontrados registros sobre como
eles colocavam uma rocha de 80 toneladas numa balsa sem que ela
adernasse durante a operação. Mas que eles conseguiam, conseguiam.

Um dos feitos mais impressionantes dos engenheiros do Antigo Egito
foi a construção de um antecessor do atual Canal de Suez. "Em
aproximadamente 2500 a.C. os egípcios construíram uma eficiente
passagem ligando o mar Vermelho ao Mediterrâneo, como os europeus
vieram a fazer em 1869."

O Nilo, artéria que era a própria vida do Antigo Egito, desde os
primeiros povos que se instalaram na região, cerca de 5500 a.C, foi
também uma importante fonte de pesquisa e avanços científicos. Os
egípcios sabiam da importância do rio como via de transporte e de sua
relação com a preservação e manutenção das terras férteis ao longo do
vale. As cheias eram vistas como benéficas pelos egípcios e não como
uma vingança dos deuses, como na Mesopotâmia. O livro do professor
Mário Giordani mostra o uso de instrumentos para medir a variação das
cheias (nilômetros), relata os conhecimentos sobre fertilizantes
naturais, como esterco, o trabalho das minhocas e a própria lama do
Nilo, que era transportada para áreas a princípio estéreis. Foram os
primeiros também a utilizar o arado manual.

Por volta de 2300 a.C. eles já aplicavam técnicas de irrigação
artificial, por meio de canais com vazão controlada. Criaram um
sistema de bombeamento de água chamado shaduf. Consistia em um
processo elevatório que levava a água até locais naturalmente não
inundados, para aumentar a área produtiva. O shaduf é usado até hoje,
principalmente no bombeamento de pequenas quantidades de água ou
situações em que o custo da implantação de sistema automático não é
compensador. A roda para bombear água movida a tração animal também
vem do Egito, no tempo dos romanos, entre 30 a.C. e 395 d.C.



Greves e telhado de vidro

Na construção civil, os egípcios foram grandes mestres. Construções
como as grandes pirâmides, a esfinge e as estátuas no Vale dos Reis
estão entre as estruturas mais belas e requintadas da Antiguidade,
mas os exemplos do impressionante uso da pedra, da marcenaria e da
fabricação do vidro estão por todo o Egito. E, mais uma vez, o modo
de vida e a religião estão diretamente ligados ao desenvolvimento de
técnicas de construção. "Os egípcios queriam durar para sempre e isso
fazia parte de vários aspectos de sua cultura. Seus templos eram
construídos com a expectativa de serem eternos. As paredes de pedra
serviam, ainda, como suporte para sua história, seu contato com o
passado", diz Antonio Brancaglion.

Os egípcios são considerados precursores do uso de pedras para obras
em larga escala. Os primeiros registros datam de quase 5 mil anos
atrás. Na Terceira Dinastia, por volta de 2700 a.C., já se cortavam
pedras no tamanho e no formato dos tijolos atuais. As construções em
rocha e a precisão nos cortes mostram os conhecimentos geológicos
avançados dessa civilização. Eles já sabiam que a dureza das rochas
variava conforme sua composição mineralógica e que elas tinham pontos
frágeis em sua estrutura, por meio dos quais se aplicavam as técnicas
de corte. Nas fissuras eram introduzidos instrumentos de madeira,
posteriormente molhados. Expandidos, eles forçavam a quebra da rocha
no ponto desejado. Os egípcios criaram também os primeiros serrotes
de metal. Eram utilizados em rochas menos duras, como o calcário.

Desenvolveram técnicas de polimento com areia e modernas formas de
encaixe, tanto da madeira quanto da pedra. "Recortes tipo macho e
fêmea vieram daí", afirma Antonio. "O pó que sobrava do corte e
polimento das rochas era misturado a cal, gesso e água, formando uma
massa usada para tapar buracos ou corrigir irregularidades nas
paredes: um antepassado do cimento." Ainda na construção civil, os
discípulos dos faraós foram os primeiros a estudar profundamente o
solo para a colocação de fundações e a construir sistemas de calhas
para escoamento da água da chuva.

A estrutura de dutos e calhas também era montada no campo, para
evitar deslizamentos de terra e inundação de áreas férteis pela chuva
que escorria das encostas. A primeira barragem pluvial de que se tem
notícia data do final da Segunda Dinastia (2750 a.C.). Tinha 10
metros de altura e 1,5 quilômetro de extensão. Cedeu numa tempestade
quando estava em fase final de construção. A engenharia egípcia
também foi a primeira a utilizar réguas, esquadros e prumos. Eles
foram os inventores do vidro moldado, processo ainda presente em
alguns setores da fabricação de vidro opaco. A técnica do sopro foi
desenvolvida posteriormente na Mesopotâmia. A base da tecnologia da
fundição do bronze e de outros metais no mundo todo também veio do
Antigo Egito.

Os egípcios eram caprichosos joalheiros e marceneiros. A técnica de
solda e montagem de jóias é a mesma dos tempos atuais e, na
marcenaria, se destacaram pelos detalhes no entalhamento dos móveis e
modernidade dos projetos. Já produziam móveis dobráveis e foram os
precursores das camas com estrado. "Os egípcios de classes mais altas
foram os primeiros a dormir em camas de madeira com estrado", conta o
especialista do Museu Nacional.

Com tanto trabalho por fazer, era natural que as primeiras
organizações entre os operadores dessa incrível máquina de construir
se formassem por ali. O Antigo Egito foi palco das mais antigas
greves de que se tem notícia. O registro mais remoto de uma
paralisação desse tipo aconteceu no Novo Império (entre 1570 e 1070
a.C.), durante o reinado de Ramsés III. Os operários da construção de
um templo decidiram cruzar os braços por não receber no prazo
combinado comida, roupas e maquiagem que usavam para trabalhar. O
sacerdote tentou negociar com os grevistas, mas o patrão, ou melhor,
o faraó não cumpriu a promessa. Só o fez dois meses depois, quando os
operários não apenas cruzaram os braços novamente, mas também
ocuparam o templo que estavam construindo.

Se por um lado fizeram greves, por outro criaram técnicas de
policiamento utilizadas até hoje, como o uso dos animais na captura
de malfeitores. Há registros de policiais fazendo patrulhamento
acompanhados por macacos e cenas de babuínos pegando ladrões em
mercados.



Azul do céu e das tintas sintéticas

"Nem sempre os egípcios foram inventores desta ou daquela tecnologia.
Muita coisa feita por outros povos eles aperfeiçoaram", diz Antonio
Brancaglion. Seu papel no mundo antigo não era o de produtor de
matéria-prima, mas o de transformador de tecnologia e
exportador. "Poderia ser comparado aos Estados Unidos de hoje, um
grande centro de pesquisa e comércio internacional."

A criação da cerveja, por exemplo, costuma ser atribuída a eles, mas
os mesopotâmicos também conheciam o método de fermentação e
fabricavam bebida semelhante. "Só que ninguém se aperfeiçoou tanto
nos aromas e na variedade de sabores como os egípcios. O que
possivelmente tenha sido idéia deles foram as grandes cervejarias,
aonde as pessoas iam para beber e conversar já em 1500 a.C. A
indústria da panificação também vem dos egípcios, bem como a adição
de frutas e temperos aos pães", afirma o professor.

Além de estudiosos da Terra, os egípcios gostavam de desvendar os
mistérios do céu. O mapeamento celeste foi feito por egípcios e
mesopotâmicos. Aos egípcios coube o reconhecimento das estrelas para
contar as horas de noite e a montagem do primeiro calendário solar,
com 365 dias em 12 meses. Foram eles também que dividiram o dia em 24
horas, 12 para a noite e 12 para o dia. Identificaram planetas como
Vênus e Marte e estrelas como Sirius e Órion e localizaram o norte
pelo posicionamento das estrelas.

Os egípcios foram químicos valiosos. Pioneiros na indústria de
perfumes e excelentes técnicos na área de cosméticos – a maquiagem
tinha uma grande importância para a saúde, pois sua composição
protegia a pele dos efeitos do sol –, eles foram os primeiros a
fabricar uma tinta sintética. "Os artistas usavam tintas com base
mineral em vez de vegetal, como faziam outros povos. O branco vinha
do cal, o amarelo do ferro, o preto do carvão e assim por diante.
Muita gente pensa que o azul vinha do lápis-lazúli moído, o que não é
verdade. Essa rocha gera pó branco e não azul. Para chegar ao azul
eles misturavam óxidos de cobre e cobalto com bicarbonatos de sódio e
cálcio e fundiam a mais de 700 graus Celsius.

Essa fusão resultava em uma pedra azul que era moída e misturada com
um aglutinante natural, como clara de ovo ou goma arábica, e virava
uma espécie de guache", diz o estudioso. Os vernizes criados naquela
época à base de damar, uma resina vegetal, são utilizados até hoje.
Eles conheciam o betume e usavam uma espécie de piche como selante.

Instrumentos como harpa, flauta, trombeta de metal, oboé e dois tipos
de alaúdes, o menor com um som parecido ao do violino, também são
originários da terra dos faraós, bem como jogos de tabuleiro e
brincadeiras infantis como cabra-cega e amarelinha. Com toda essa
herança, por mais que as origens de cada um de nós não passe nem
perto das etnias do Antigo Egito, essa civilização faz parte dos
nossos hábitos e costumes.

Eles queriam ser eternos. Ordenaram todas as suas energias, corações
e mentes para isso. Construíram seus templos de pedra, onde gravavam
suas memórias nas paredes, mumificavam os mortos para que seus corpos
vivessem até a eternidade e, assim, desenvolveram a ciência, a arte e
os costumes. Não resta dúvida: eles conseguiram.



Afirmar que as egípcias foram as primeiras feministas da história
pode parecer precipitado, já que o assunto dificilmente estaria em
pauta naquela época. Mas, queimas de sutiãs à parte, no mundo dos
faraós elas tinham poder e direitos de dar inveja a diversas
sociedades contemporâneas. Dependendo da classe social, pode-se até
concluir que tinham mais direitos e papel bem mais expressivo que
muitas mulheres do século 21.

Conquista como o divórcio, que, no Brasil, só aconteceu na década de
1970, era uma prática aceita naquela sociedade, inclusive quando
solicitado pela própria mulher, afirma a professora Margaret Bakos.
Foram encontrados registros de pedido de divórcio por parte do homem
e da mulher no Novo Império (1555 a 1090 a.C.).

Há documentos que mostram as preocupações com a situação dos bens do
casal em caso de separação, quando a mulher costumava ficar com a
casa e com os filhos. A poligamia não era proibida, mas a
responsabilidade financeira que um egípcio tinha com suas mulheres o
fazia pensar muito antes de ter mais de uma esposa.

A egiptóloga diz que não havia qualquer referência nos papiros em
relação à virgindade ou à restrição do sexo apenas com finalidade de
procriação. "Os egípcios não eram tímidos em relação ao sexo, tinham
consciência de seus prazeres, mas não costumavam tornar o assunto
público. Quanto ao aborto, sabe-se que existia, mas não era prática
comum", afirma Margaret. "Há registros de pessoas que foram
incriminadas por terem conduzido um aborto que resultou na morte da
mulher."

A maioria de suas tarefas era voltada para o lar, mas havia
sacerdotisas, agricultoras, escribas e donas de seus próprios
negócios (padarias, peixarias) e galgavam com méritos próprios
posições hierárquicas. Elas casavam cedo, normalmente próximo da
primeira menstruação, mas isso não significa que não fossem
sexualmente ativas antes da coabitação, lembra a historiadora. Pelos
registros encontrados, o valor do pagamento por seus trabalhos era
igual ao dos homens. O homem e a mulher tinham posição de igualdade
perante a lei. A mulher podia herdar, deixar heranças, trocar e
vender propriedades e escravos.

Conscientes ou não do conceito de feminismo, as devotas da deusa Ísis
têm muito a ensinar àqueles que hoje ainda fazem distinção entre os
direitos dos seres humanos, qualquer que seja a desculpa adotada.



Os grandes avanços da medicina praticada pelos povos do Antigo Egito
devem-se, principalmente, aos sofisticados processos de mumificação.
Por meio deles, conheceu-se detalhadamente todo o sistema
circulatório, as vísceras, bem como o funcionamento do coração, que
os egípcios acreditavam ser o gerenciador do corpo e das emoções. Com
o objetivo de preservar os cadáveres, eles desenvolveram técnicas de
embalsamamento e estudaram profundamente métodos de retirada de
órgãos. Para tanto, eles estudaram a fundo a anatomia e criaram
instrumentos específicos para cada função, tataravôs dos bisturis,
agulhas e pinças encontrados nas mãos dos cirurgiões modernos. Os
médicos registravam cada avanço em papiros estudados até os dias de
hoje.



SALGADOS

Os corpos e órgãos eram tratados com nitrão, um sal mineral comum na
região, para evitar a decomposição



ATADURA

As faixas de linho que envolviam os mortos eram banhadas em resina e
goma



LAVAGEM

Fígado, estômago e intestinos eram lavados diversas vezes antes de
serem envasados



SOBRAS

Resíduos resultantes das incisões para retirada de órgãos durante a
mumificação eram jogados no rio



COM AS TRIPAS DE FORA

As vísceras eram cuidadosamente retiradas e colocadas em jarros de
barro, chamados canopos. Eles eram guardados nas tumbas próximo aos
sarcófagos. As tampas reproduziam imagens sagradas



BOLETIM MÉDICO

Os conhecimentos científicos eram registrados por meio de relatos e
desenhos em documentos chamados papiros médicos. Tais registros
indicavam que os médicos egípcios se dividiam em especialidades.
Durante a mumificação os papiros usados não eram os científicos, mas
aqueles que continham trechos das orações encontradas no Livro dos
Mortos



FACA AFIADA

Os métodos mais sofisticados de mumificação previam a retirada das
vísceras antes do início do enfaixamento do corpo. A extração
acontecia por meio de cortes precisos, feitos por lâminas afiadas que
deram origem a alguns instrumentos cirúrgicos contemporâneos, como o
bisturi. O cérebro costumava ser extraído pelas narinas. Graças a
essas incisões é que os egípcios conheceram o interior do corpo humano



BANHO DE CHEIRO

Antes de enfaixar os mortos, os egípcios costumavam besuntar o
cadáver com óleo perfumado. As faixas de linho engomadas eram
colocadas primeiro na cabeça, depois nas mãos – respectivamente na
direita e na esquerda – nos pés, primeiro no direito e posteriormente
no esquerdo, e só depois na outras partes do corpo. Uma múmia podia
ter até 20 camadas de tiras de pano sobrepostas



CACHORRÃO

A espiritualidade do ritual era garantida por um sacerdote usando uma
máscara do deus Anúbis



Períodos Pré-Dinástico e Arcaico – 5500 a 3000 a.C.

Unificação do Egito (aprox. 3100 a.C.)

Dinastias 1 e 2



Antigo Império e 1º período intermediário – 3000 a 2061 a.C.

Construção das Grandes Pirâmides – Quéfren, Quéops e Miquerinos

Dinastias 3 a 11



Médio Império e 2º período intermediário – 2061 a 1570 a.C.

Grande desenvolvimento literário Invasão dos Hicsos

Dinastias 11 a 17



Novo Império e 3º período intermediário – 1570 a 656 a.C.

Construção do Vale dos Reis

Reinados de Tutancâmon e Ramsés III

Batalha Naval contra os Povos do Mar (aproximadamente 1100 a.C.)

Dinastias 18 a 25



Períodos Saíta e Baixa Época – 656 a 343 a.C.

Dinastias 26 a 30

Fim da era dinástica



Períodos Persa e Greco-Romano 343 a.C. a 395 d.C.

Conquista de Alexandre

Reinado de Cleópatra



Os hieroglifos chamam atenção pela beleza de seus traços e pela
riqueza de detalhes. Juntamente com os ideogramas chineses, eles
atraem o olhar de muita gente que não faz a menor idéia de seu
significado, mas que propaga seu uso em objetos de decoração e
adornos. Com sintaxe complexa, os hieroglifos surgiram entre 3500 e
3000 a.C. e eram usados em escrituras oficiais e religiosas.

Ciro Flamarion Cardoso, professor de História Antiga e Medieval da
Universidade Federal Fluminense, afirma que os hieroglifos têm três
tipos de representação. "Eles podiam aparecer como signos fonéticos
indicando um, dois ou três sons equivalentes a consoantes ou
semiconsoantes, já que as vogais não eram representadas; como
complementos fonéticos da leitura ou ainda como signos puramente
ideográficos", afirma Ciro. Por exemplo: um homem sentado podia
indicar que a palavra anterior se referia a alguém do sexo masculino,
sem que essa representação tivesse algum valor fonético. "Cada
palavra egípcia tem uma raiz invariável, à qual se agregam
desinências indicativas de gênero, número, flexões verbais. Essas
indicações vêm sempre no fim da palavra", diz o especialista

Segundo ele, a elipse alongada (cartouche) em torno dos nomes ou
referências dos reis indica proteção divina. Na inscrição relativa a
Tutancâmon (ao lado), o primeiro cartouche contém o nome de trono do
monarca. O segundo, seu nome pessoal e o terceiro, sua função. As
frases podiam ser escritas em colunas ou linhas e a direção da
leitura era indicada pelos signos que representam os seres animados
(insetos e aves, por exemplo), que sempre olham para o início da
frase. Em geral, o egiptólogo tem de separar as palavras e frases
entre si pela lógica ortográfica e gramatical do período em que o
texto se gerou. "Os egípcios procuravam mostrar os signos de maneira
estética, em função disso dispunham-nos às vezes em cima um do outro
ou até mesmo superpondo-os", afirma o especialista.



1. Os textos podiam aparecer em linhas ou colunas, ou cada trecho de
uma forma, como nesta inscrição com três colunas e uma linha



Como se lê?

Como se fala? - ntr nfr nbtzwy nb h `w

O que significa? - O Deus perfeito, senhor das duas terras, senhor
das coroas



2. As linhas ao redor das palavras serviam para proteger nomes
sagrados, como o do trono do rei aqui descrito



Como se lê?

Como se fala? - nsw-bity (nb-hprw-r')

O que significa? - o rei do alto e baixo egito, neb-kheperu-ra



3. A leitura costumava ser da esquerda para a direita e de cima para
baixo. Aqui, o nome de Tutancâmon aparece protegido por uma linha



Como se lê?

Como se fala? - sz r' (twt-'nh-imn hkz iwnw sm')

O que significa? - o filho do sol, tutancâmon, governante de
heliÓpolis meridional



4. As posições das figuras de animais indicavam a direção em que se
deveria ler o texto. Nesta, a cobra mostra leitura da direita para a
esquerda



Como se lê?

Como se fala? - di `nh dt

O que significa? - dotado de vida eternamente



A frase escrita diz:

ntr nfr nbtzwy nb h `w nsw-bity (nb-hprw-r') sz r' (twt-'nh-imn hkz
iwnw sm') di `nh dt

"O deus perfeito, senhor das duas terras, senhor das coroas, o rei do
Alto e Baixo Egito, Neb-kheperu-ra (o senhor das transformações é o
deus solar), o filho do sol, Tutancâmon, governante de Heliópolis
meridional, dotado de vida eternamente."



NA LIVRARIA:

O que São Hieroglifos, Margaret Bakos, Brasiliense, São Paulo, 1996

O Legado do Egito, Organização S.R.K Glanville, Universidade de
Oxford, Inglaterra, l948



NA INTERNET

www.mempphis.edu/egypt/main.html

www.egipto.com/museo/

www.egyptianmuseum.gov.eg/

Fotos retiradas da Internet










INICIO DO EGITO

5.400 A.C. A  5.340 A.C.

Ptah - o deus construtor

Ptah é um deus construtor, assim como Khnum e Seker, mas diferentemente deles ele está apenas associado a construção de materiais físicos e sem vida, por isso é comparado com Hefesto (mitologia grega).
Ptah foi casado com Sekhmet e mais tarde com Bastet, não se sabe ao certo com qual das duas foi pai de Nefertum, Mihos e Imhotep.
Ptah era representado como um homem mumificado segurando um cetro, começaram a confudir Ptah com Osíris talvez por que os dois eram mumificados, e a confundi-lo com Seker também, então acabaram se fundindo e criando um novo deus chamado Ptah-Seker-Osíris.
Alguns dizem que Ptah era o criador de , mas isso é mentira, na verdade o criador de é o poderoso modelador Khnum.
Antigamente Ptah era o deus mais poderoso que existia, mas perdeu sua autoridade para Amon e , mais tarde esses dois deuses também se combinaram e formaram o deus Amon-Rá.
Ptah é o patrono da construção, escultura, metalurgia, e. Ele também é o padroeiro dos carpinteiros e construtores navais em geral. Das Médio Império em diante, ele foi um dos cinco grandes deuses egípcios com Ra, Ísis , Osíris e Amon .
Ele usa muitos epítetos que descrevem seu papel na mitologia egípcia e sua importância na sociedade da época:
  • Ptah o belo rosto
  • Ptah senhor da verdade
  • Ptah mestre da justiça
  • Ptah que ouve orações
  • Ptah mestre de cerimônias
  • Ptah senhor da eternidade
Ptah é o deus criador por excelência: Ele é considerado o demiurgo , que existia antes de todas as coisas, e por sua vontade, o pensamento do mundo. Ele foi concebido pelo pensamento, e realizado pelo Word: Ptah concebe o mundo com o pensamento de seu coração e dá a vida através da magia de sua Palavra. Aquilo que Ptah comandou foi criado, de que os componentes da natureza, fauna e flora, estão contidos. Desempenha também um papel na preservação do mundo e a permanência da função real.
Na dinastia Vigésima Quinta , o Nubian faraó Shabaka seria transcrever em uma estela conhecida como a Pedra Shabaka , um documento antigo teológica encontrada nos arquivos da biblioteca do templo do deus em Memphis. Este documento foi conhecida como a Teologia de Mênfis, e mostra o deus Ptah, o deus responsável pela criação do universo pelo pensamento e pela Palavra.

 Como muitas divindades do antigo Egito , ele assume muitas formas, por meio de um de seus aspectos particulares ou através de sincretismo de antigas divindades da região de Mênfis. Ele é às vezes representado como um anão, nua e deformada, cuja popularidade vai continuar a crescer durante o Período Final . Freqüentemente associado com o deus Bes , sua adoração e depois ultrapassou as fronteiras do país e foi exportado para todo o leste do Mediterrâneo . Graças aos fenícios , encontramos figuras de Ptah em Cartago .
Ptah é geralmente representado sob a forma de um homem com pele verde, contida em uma mortalha degola para a pele, usar barba divina, e segurando um cetro combinação de três poderosos símbolos da mitologia egípcia:
  • A Era cetro
  • O sinal de vida, Ankh
  • O Djed pilar 


Estes três símbolos combinados indicam os três poderes criativos do deus: energia (foi), a vida (ankh) e estabilidade (djed).
Desde o Reino Antigo , ele absorve rapidamente a aparência de Sokar e Tatenen , antigas divindades da região de Mênfis. Sua forma de Sokar é encontrado contida em sua mortalha branca vestindo a Atef coroa, um atributo de Osíris. Nesta capacidade, ele representa o deus da necrópole de Saqqara e outros sites famosos, onde as pirâmides reais foram construídas. Aos poucos, ele formou com Osíris uma nova divindade chamada Ptah-Sokar-Osíris. Estatuetas representando a forma humana, meio-humano, falcão-meia, ou simplesmente em sua forma falcão serão sistematicamente colocados em túmulos para acompanhar e proteger os mortos em sua viagem para o Ocidente.
Sua forma Tatenen é representado por um homem jovem e vigoroso usando uma coroa com duas plumas altas que cercam o disco solar. Assim, ele encarna o fogo subterrâneo que ronca e levanta a terra. Como tal, ele foi particularmente venerado pelos metalúrgicos e ferreiros, mas ele foi igualmente temida, porque foi ele quem causou terremotos e tremores da crosta da Terra. Neste formulário também, Ptah é o mestre de cerimônias para Heb Sed , uma cerimônia tradicionalmente atestando os primeiros trinta anos de reinado do Faraó.
O deus Ptah poderia ser oposto ao deus sol Re, ou Aten , durante o período de Amarna , onde encarnou a essência divina com que o deus sol foi alimentado a entrar em existência, isto é, de nascer, de acordo com os textos de Mênfis mitológicos . No santo dos santos do seu templo em Memphis, assim como em seu barco grande sagrado, ele dirigia em procissão, visitar regularmente a região durante os principais feriados. Ptah também foi simbolizado por dois pássaros com cabeças humanas adornadas com discos solares, símbolos das almas dos Re deus: o Ba . O Ba dois são também identificados como o duplo deuses Shu e Tefnut e estão associados com o pilar djed de Memphis. 
Finalmente, Ptah é incorporada no touro sagrado, Apis . Frequentemente referido como um arauto de Re, o animal sagrado é a ligação com o deus Re do Novo Reino . Ele até recebeu adoração em Memphis, provavelmente no coração do grande templo de Ptah, e sua morte foi enterrado com todas as honras devidas a um deus vivo no Serapeum de Saqqara .
Ptah foi assimilado pelos gregos ao deus Hefesto e depois pelos romanos para Vulcan .

 

 

As primeiras feministas

Afirmar que as egípcias foram as primeiras feministas da história pode parecer precipitado, já que o assunto dificilmente estaria em pauta naquela época. Mas, queimas de sutiãs à parte, no mundo dos faraós elas tinham poder e direitos de dar inveja a diversas sociedades contemporâneas. Dependendo da classe social, pode-se até concluir que tinham mais direitos e papel bem mais expressivo que muitas mulheres do século 21.
Conquista como o divórcio, que, no Brasil, só aconteceu na década de 1970, era uma prática aceita naquela sociedade, inclusive quando solicitado pela própria mulher, afirma a professora Margaret Bakos. Foram encontrados registros de pedido de divórcio por parte do homem e da mulher no Novo Império (1555 a 1090 a.C.).
Há documentos que mostram as preocupações com a situação dos bens do casal em caso de separação, quando a mulher costumava ficar com a casa e com os filhos. A poligamia não era proibida, mas a responsabilidade financeira que um egípcio tinha com suas mulheres o fazia pensar muito antes de ter mais de uma esposa.
A egiptóloga diz que não havia qualquer referência nos papiros em relação à virgindade ou à restrição do sexo apenas com finalidade de procriação. “Os egípcios não eram tímidos em relação ao sexo, tinham consciência de seus prazeres, mas não costumavam tornar o assunto público. Quanto ao aborto, sabe-se que existia, mas não era prática comum”, afirma Margaret. “Há registros de pessoas que foram incriminadas por terem conduzido um aborto que resultou na morte da mulher.”
A maioria de suas tarefas era voltada para o lar, mas havia sacerdotisas, agricultoras, escribas e donas de seus próprios negócios (padarias, peixarias) e galgavam com méritos próprios posições hierárquicas. Elas casavam cedo, normalmente próximo da primeira menstruação, mas isso não significa que não fossem sexualmente ativas antes da coabitação, lembra a historiadora. Pelos registros encontrados, o valor do pagamento por seus trabalhos era igual ao dos homens. O homem e a mulher tinham posição de igualdade perante a lei. A mulher podia herdar, deixar heranças, trocar e vender propriedades e escravos.
Conscientes ou não do conceito de feminismo, as devotas da deusa Ísis têm muito a ensinar àqueles que hoje ainda fazem distinção entre os direitos dos seres humanos, qualquer que seja a desculpa adotada.

A ciência da mumificação

A preocupação com os mortos revelou importantes segredos do corpo humano
Os grandes avanços da medicina praticada pelos povos do Antigo Egito devem-se, principalmente, aos sofisticados processos de mumificação. Por meio deles, conheceu-se detalhadamente todo o sistema circulatório, as vísceras, bem como o funcionamento do coração, que os egípcios acreditavam ser o gerenciador do corpo e das emoções. Com o objetivo de preservar os cadáveres, eles desenvolveram técnicas de embalsamamento e estudaram profundamente métodos de retirada de órgãos. Para tanto, eles estudaram a fundo a anatomia e criaram instrumentos específicos para cada função, tataravôs dos bisturis, agulhas e pinças encontrados nas mãos dos cirurgiões modernos. Os médicos registravam cada avanço em papiros estudados até os dias de hoje.
SALGADOS
Os corpos e órgãos eram tratados com nitrão, um sal mineral comum na região, para evitar a decomposição
ATADURA
As faixas de linho que envolviam os mortos eram banhadas em resina e goma
LAVAGEM
Fígado, estômago e intestinos eram lavados diversas vezes antes de serem envasados
SOBRAS
Resíduos resultantes das incisões para retirada de órgãos durante a mumificação eram jogados no rio
COM AS TRIPAS DE FORA
As vísceras eram cuidadosamente retiradas e colocadas em jarros de barro, chamados canopos. Eles eram guardados nas tumbas próximo aos sarcófagos. As tampas reproduziam imagens sagradas
BOLETIM MÉDICO
Os conhecimentos científicos eram registrados por meio de relatos e desenhos em documentos chamados papiros médicos. Tais registros indicavam que os médicos egípcios se dividiam em especialidades. Durante a mumificação os papiros usados não eram os científicos, mas aqueles que continham trechos das orações encontradas no Livro dos Mortos
FACA AFIADA
Os métodos mais sofisticados de mumificação previam a retirada das vísceras antes do início do enfaixamento do corpo. A extração acontecia por meio de cortes precisos, feitos por lâminas afiadas que deram origem a alguns instrumentos cirúrgicos contemporâneos, como o bisturi. O cérebro costumava ser extraído pelas narinas. Graças a essas incisões é que os egípcios conheceram o interior do corpo humano
BANHO DE CHEIRO
Antes de enfaixar os mortos, os egípcios costumavam besuntar o cadáver com óleo perfumado. As faixas de linho engomadas eram colocadas primeiro na cabeça, depois nas mãos – respectivamente na direita e na esquerda – nos pés, primeiro no direito e posteriormente no esquerdo, e só depois na outras partes do corpo. Uma múmia podia ter até 20 camadas de tiras de pano sobrepostas
CACHORRÃO
A espiritualidade do ritual era garantida por um sacerdote usando uma máscara do deus Anúbis

Linha do tempo

A evolução de uma civilização milenar
Períodos Pré-Dinástico e Arcaico – 5500 a 3000 a.C.
Unificação do Egito (aprox. 3100 a.C.)
Dinastias 1 e 2
Antigo Império e 1º período intermediário – 3000 a 2061 a.C.
Construção das Grandes Pirâmides – Quéfren, Quéops e Miquerinos
Dinastias 3 a 11
Médio Império e 2º período intermediário – 2061 a 1570 a.C.
Grande desenvolvimento literário Invasão dos Hicsos
Dinastias 11 a 17
Novo Império e 3º período intermediário – 1570 a 656 a.C.
Construção do Vale dos Reis
Reinados de Tutancâmon e Ramsés III
Batalha Naval contra os Povos do Mar (aproximadamente 1100 a.C.)
Dinastias 18 a 25
Períodos Saíta e Baixa Época – 656 a 343 a.C.
Dinastias 26 a 30
Fim da era dinástica
Períodos Persa e Greco-Romano 343 a.C. a 395 d.C.
Conquista de Alexandre
Reinado de Cleópatra

A complexidade da escrita hieroglífica

Os hieroglifos chamam atenção pela beleza de seus traços e pela riqueza de detalhes. Juntamente com os ideogramas chineses, eles atraem o olhar de muita gente que não faz a menor idéia de seu significado, mas que propaga seu uso em objetos de decoração e adornos. Com sintaxe complexa, os hieroglifos surgiram entre 3500 e 3000 a.C. e eram usados em escrituras oficiais e religiosas.
Ciro Flamarion Cardoso, professor de História Antiga e Medieval da Universidade Federal Fluminense, afirma que os hieroglifos têm três tipos de representação. “Eles podiam aparecer como signos fonéticos indicando um, dois ou três sons equivalentes a consoantes ou semiconsoantes, já que as vogais não eram representadas; como complementos fonéticos da leitura ou ainda como signos puramente ideográficos”, afirma Ciro. Por exemplo: um homem sentado podia indicar que a palavra anterior se referia a alguém do sexo masculino, sem que essa representação tivesse algum valor fonético. “Cada palavra egípcia tem uma raiz invariável, à qual se agregam desinências indicativas de gênero, número, flexões verbais. Essas indicações vêm sempre no fim da palavra”, diz o especialista
Segundo ele, a elipse alongada (cartouche) em torno dos nomes ou referências dos reis indica proteção divina. Na inscrição relativa a Tutancâmon (ao lado), o primeiro cartouche contém o nome de trono do monarca. O segundo, seu nome pessoal e o terceiro, sua função. As frases podiam ser escritas em colunas ou linhas e a direção da leitura era indicada pelos signos que representam os seres animados (insetos e aves, por exemplo), que sempre olham para o início da frase. Em geral, o egiptólogo tem de separar as palavras e frases entre si pela lógica ortográfica e gramatical do período em que o texto se gerou. “Os egípcios procuravam mostrar os signos de maneira estética, em função disso dispunham-nos às vezes em cima um do outro ou até mesmo superpondo-os”, afirma o especialista.

Aprenda como ler

A inscrição sagrada no túmulo de Tutancâmon
1. Os textos podiam aparecer em linhas ou colunas, ou cada trecho de uma forma, como nesta inscrição com três colunas e uma linha
Como se lê?
Como se fala? - ntr nfr nbtzwy nb h ‘w
O que significa? - O Deus perfeito, senhor das duas terras, senhor das coroas
2. As linhas ao redor das palavras serviam para proteger nomes sagrados, como o do trono do rei aqui descrito
Como se lê?
Como se fala? - nsw-bity (nb-hprw-r’)
O que significa? - o rei do alto e baixo egito, neb-kheperu-ra
3. A leitura costumava ser da esquerda para a direita e de cima para baixo. Aqui, o nome de Tutancâmon aparece protegido por uma linha
Como se lê?
Como se fala? - sz r’ (twt-’nh-imn hkz iwnw sm’)
O que significa? - o filho do sol, tutancâmon, governante de heliÓpolis meridional
4. As posições das figuras de animais indicavam a direção em que se deveria ler o texto. Nesta, a cobra mostra leitura da direita para a esquerda
Como se lê?
Como se fala? - di ‘nh dt
O que significa? - dotado de vida eternamente
A frase escrita diz:
ntr nfr nbtzwy nb h ‘w nsw-bity (nb-hprw-r’) sz r’ (twt-’nh-imn hkz iwnw sm’) di ‘nh dt
“O deus perfeito, senhor das duas terras, senhor das coroas, o rei do Alto e Baixo Egito, Neb-kheperu-ra (o senhor das transformações é o deus solar), o filho do sol, Tutancâmon, governante de Heliópolis meridional, dotado de vida eternamente.”

Para saber mais

NA LIVRARIA:
O que São Hieroglifos, Margaret Bakos, Brasiliense, São Paulo, 1996
O Legado do Egito, Organização S.R.K Glanville, Universidade de Oxford, Inglaterra, l948
NA INTERNET
www.mempphis.edu/egypt/main.html
www.egipto.com/museo/
www.egyptianmuseum.gov.eg/

 

 

 O conhecimento científico dos Egípcios

Naturalmente as provas de que a configuração das pirâmides produz em seu interior efeitos do tipo que descrevemos, e a dedução lícita de que os antigos egípcios o sabiam, e que precisamente por isso construiam as pirâmides como sepulcros de seus faraós, foram desdenhosamente rechaçadas pelos arqueólogos e os egiptólogos profissionais. Enfim, já dissemos em que coordenadas intelectuais caminham estes homens de ciência, já se sabe que de física não entendem nada nem lhes interessa entender, por sua formação humanística, etc., então, o fato é que o aceitem ou não os egípcios, que não eram experts em egiptologia, construiam as pirâmides para favorecer a mumificação.

Magnetismo por fricção

Sempre foi dito que "os antigos" conheciam algo do fenômeno do magnetismo por fricção, sem deixar de considerá-lo uma curiosidade. É certo?
Se Alvarez não tivesse levado a cabo sua recopilação de dados, a força desta tradicional versão continuaria intacta, e todas as hipóteses que puderam ser formuladas contra a mesma continuariam estourando como bolhas de sabão na sólida parede de papel das opiniões autorizadas dos arqueólogos.
Já vimos que Alvarez e sua equipe trabalharam na detecção e medição dos raios cósmicos, e já sabemos que a pirâmide consegue alterar seu comportamento uma vez penetrados em seu interior.

Associação das pirâmides com a água subterrânea

A teoria de Lyall Watson propõe uma explicação séria sobre o importante papel que joga a configuração piramidal em si, como lente concentradora de energia, ou como ressonador de energia, porém omite um fator muito importante, presente nas pirâmides e em todos os sepulcros megalíticos: sua associação com as águas subterrâneas ou freáticas, e a rígida orientação da construção sobre os eixos norte-sul e leste-oeste. Parece contrário a toda lógica que, se a pretensão era preservar os cadáveres da putrefação, procuraram precisamente que nas câmaras mortuárias o ambiente fosse úmido, como Bovis acertadamente observou.

Existe uma explicação científica

O que procuravam pois "os antigos" com tal irracionalidade, e em virtude de quais conhecimentos? Lamentavelmente os mortos não podem explicar-nos de viva voz sua teoria, mas nós não podemos cruzar os braços como fazem os arqueólogos e os egiptólogos, porque na atualidade temos um caudal de conhecimentos de física mais que suficiente para decifrar, sem necessidade de especulações fantasiosas, o por que de sua aparente irracionalidade, e deduzir, conseqüentemente, que nível de conhecimentos tinham eles, ainda que os egiptólogos continuem entrelaçados entre nomenclaturas de deuses e mitologias, cujo sentido autêntico lhes escapa. As águas subterrâneas atuam como electrólitos e as capas geológicas como eletrodos e os sais dissolvidos como substâncias submetidas a electrólise. Dito com outras palavras, os mantos freáticos são sistemas elétricos, e é óbvio que todo sistema elétrico gera seu próprio campo de forças e um campo de forças magnéticas.

Ação das forças eletromagnéticas

Em física não existe nenhuma dificuldade para entender que as forças eletromagnéticas geradas pelas águas subterrâneas percorrem o córtex terrestre, e ditas forças são denominadas "colombianas", do nome de seu descobridor Coulomb. Pois bem, as pirâmides e as pedras "captam" essas forças (daí a presença das esculturas megalíticas para o emprego das pedras), como ondas negativas. Será oportuno que os egiptólogos e os especialistas de outras culturas antigas, assim como os etnólogos, tenham presente que quando lêem ou ouvem acerca de "forças mágicas, vitais, ocultas, etc.", o que se oculta atrás dessa fraseologia não são mais que forças coulombianas, e que portanto aqueles que delas falam ou deixam consignação escrita, as conheciam e sabiam (ou conhecem) (ou sabem) como usá-las, pelo que não eram nem tontos nem infantis nem irracionais, e se não primitivos atuais, não se deixem despistar por seu aspecto semi-oligofrênico.

A força escapa pela cúspide

Prossigamos. Estas forças coulombianas captadas pelas pedras das pirâmides afluem para a cúspide (ponto onde concorrem os vértices de todos os triângulos que formam as superfícies da pirâmide), acelerando sua velocidade à medida que a configuração no monumento vai estreitando, para escapar pela ponta. Esta fuga significa que as cavidades interiores da pirâmide são drenadas de suas cargas elétricas, exatamente como ocorre na jaula de Faraday, de forma que nas cavidades é produzido um "vazio biológico", apesar do ambiente úmido. Foi comprovado que nele nem sequer podem ser desenvolvido mofos, e também foi demonstrado que com o sistema são obtidas mumificações absolutamente naturais.

Suspensão temporária no vazio biológico

Com este vazio biológico, qualquer coisa situada nele fica como em um estado de suspensão temporária, mas se a hipótese das pirâmides-jaulas de Faraday confirma que o que era perseguido pelos antigos egípcios era a mumificação natural, também foi visto que com a teoria de Lyall Watson a configuração piramidal poderia produzí-la; agora então, é completamente impensável supor que as radiações cósmicas atuem sem a presença das forças coulombianas, ou que estas atuem em ausência das radiações cósmicas, simplesmente porque as pirâmides não são sistemas isolados de laboratório, onde teoricamente poderia ser investigadas se somente as radiações ou se somente as forças coulombianas poderiam provocar as mumificações.

Os complexos conhecimentos dos construtores

Esta constatação nos orienta para entender vá rias coisas: primeiro, que os construtores das pirâmides conheciam a importância do aportamento de energia cósmica e solar (daí todos os cultos ao céu, aos astros, ao sol, etc.); segundo, conheciam a importância do campo magnético terrestre como uma capa protetora e conservadora da biosfera frente às radiações cósmicas; terceiro, deviam conhecer a atividade elétrica do planeta, cujos efeitos eram as forças e campos eletromagnéticos; e quarto, deviam conhecer a radiatividade própria dos elementos químicos integrados no conjunto globo terráqueo, atmosférico e estratosférico. Em uma palavra, deviam conhecer a fundo a teoria dos quanta e dos intercâmbios quânticos de Max Planck, assim como a do indeterminismo de Heinsemberg, de forma que sua concepção do Universo não podia ser mais que a de um sistema unitário, isto é, de uma estrutura única, na qual nenhum elemento podia ser considerado independente do conjunto como algo fixo e estável em si e por si, mas como um efeito de ação próxima e remota, e conseqüentemente recíproca, de todas as forças de um jogo.

Experiência: Mumificação de carne
É a experiência mais clás¬sica. Para efetuá-la pegaremos um pedaço de carne crua, a metade da qual in¬troduziremos na pirâmide, servindo-nos o outro de refe¬rência. A mumificação será produzida mais rapidamente se o pedaço de carne é de es¬cassas dimensões; em todo ca¬so, é somente uma questão de tempo.
mumificar piramide
Introduzimos na pirâmide um pedaço de carne colocado sobre o taco suporte. Fora deixamos o outro pedaço para comparar os efeitos.
experiencia piramide
A cor e textura da carne demonstraram que nela foram produzidas algumas mudanças, das que estava isento o pedaço da
amostra.
Você Sabia?
Sete maravilhas do Mundo Antigo
As sete maravilhas do mundo antigo são as mais belas e majestosas obras artísticas e arquitetônicas erguidas durante a Antiguidade Clássica. Das sete maravilhas, a única que resiste até hoje quase intactas são as Pirâmides de Gizé, construídas há cinco mil anos.É interessante que na Grécia se encontrava apenas a estátua de Zeus, em Olímpia, construída em ouro e marfim com quarenta pés de altura. A idéia que se tem dela vem das moedas de Elis onde foi cunhada a figura da estátua de Zeus.
Lista das sete maravilhas do mundo antigo
  • Jardins suspensos da Babilônia
  • Pirâmides de Gizé
  • Estátua de Zeus
  • Templo de Ártemis
  • Mausoléu de Halicarnasso
  • Colosso de Rodes
  • Farol de Alexandria
Pirâmides de Gizé
As três pirâmides de Gizé, Keóps, Quéfren e Miquerinos, foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (Keóps), Quéfren, e Menkaure (pai, filho e neto), que dão nome às pirâmides. A primeira delas, Keóps, foi construída há mais de 4.500 anos, por volta do ano 2550 a.C., chamada de Grande Pirâmide, a majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior construção feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1900), com a construção da Torre Eiffel. O curioso é que as pirâmides de Gizé já eram as mais antigas dentre todas as maravilhas do mundo antigo (afinal, na época já fazia mais de dois mil anos que haviam sido construídas) e são justamente as únicas que se mantém até hoje.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_maravilhas_do_mundo_antigo

Fonte principal do Post.
http://www.esoterikha.com/grandes-misterios/poder-piramides/conhecimento-cientifico.php

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